Recifense de 9 anos é a única nordestina selecionada para estudar na Escola Bolshoi a partir de 2025: 'Quero dançar na Rússia'
30/12/2024
(Foto: Reprodução) Maria Lúcia Lopes está no grupo dos 20 brasileiros contemplados com bolsa de estudo e terá oito anos de formação na escola da prestigiada companhia de dança. Recifense de 9 anos conquista bolsa na escola do balé de Bolshoi
Uma bailarina recifense de 9 anos conseguiu uma bolsa para estudar na Escola do Teatro Bolshoi, prestigiada companhia de dança russa, em Santa Catarina. Maria Lúcia Lopes, a Marilu, foi a única nordestina entre as 20 selecionadas para estudar na única unidade da renomada instituição localizada fora da Rússia (veja vídeo acima).
"Quando vejo alguém dançando, enxergo o que quero ser no futuro. [...] Quero dançar na Rússia, na cidade do Bolshoi. É o meu sonho", revelou Marilu, que já sonha com palcos internacionais.
Foram cerca de 3 mil inscrições de diversas partes do Brasil, mas Marilu conseguiu um lugar entre as poucas selecionadas. Para ela, a mudança é empolgante. "Levo felicidade e muita saudade dos amigos, lugares e família que eu tenho aqui", afirmou.
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A jornada da bailarina começou aos 6 anos e contou com o apoio da mãe, e também treinadora, Cibele Lopes. "A gente viu uma oportunidade de crescimento muito grande para ela. Cada aprovação era uma felicidade e, quando veio a última etapa, que foi a final, foi muito euforia para nós duas", disse Cibele.
Foram três fases do processo seletivo. A treinadora contou que, apesar de ser mãe de Marilu, sempre exigiu bastante da filha. "Não é à toa que ela está colhendo os frutos agora. Ela está evoluindo muito porque teve essa cobrança equilibrada com o amor", afirmou.
A bailarina terá oito anos de formação com aulas de balé clássico, dança contemporânea, canto e musicalização. Toda a estrutura, incluindo moradia e alimentação, será custeada pela escola.
Marilu, de 9 anos, foi a única nordestina aprovado para a escola de balé de Bolshoi no Brasil
Reprodução/TV Globo
Além da mãe, Marilu conta com o carinho e incentivo de outros familiares, como a tia dela, Cintya Lopes, que também dedicou anos ao balé clássico. "A família toda é esportista. Tem a parte artística, parte cultural muito exacerbada na família, então ela pegou um pouco de cada raiz dessa, e ela tem toda essa doçura, meiguice, técnica", contou Cibele.
Ainda segundo Cibele, que passou anos treinando a filha, o novo desafio também inclui deixar um dos papéis de lado. "Agora é a mãe. A treinadora ficou para trás, falo isso com aperto no coração porque foi uma fase muito importante na minha vida e na dela, também amadureci muito como treinadora, mas agora é a mãe que está indo", afirmou Cibele.
Com a data de embarque marcada para a quarta-feira (1º), a família relatou que deixará o Recife carregando na mala um misto de saudade e esperança.
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